domingo, 9 de janeiro de 2011

PhilosoReview [#24]



Oi pessoal! Demorou, mas eu voltei, e estou aqui com seus Reviews semanais e costumeiros.

Ainda não consegui repaginar esse quadro como eu e o Sawada gostariamos, mas espero conseguir em breve.

Era para este ter sido o Review de Ano Novo, mas... Vai agora, então. Tomem cuidado com os Spoilers, não consegui fazer sem eles...

E esse lance de dicas também não está dando certo... Cliquem em Continue, às cegas, por enquanto.



A história de Shiki é sobre misteriosas mortes em uma vila isolada no campo. Um adolescente da cidade se muda para lá com seus pais. Uma jovem garota morre misteriosamente. Um médico luta para frear o que ele imagina ser um vírus letal. Uma família rica se muda para uma antiga construção. E nada se explica.

Para falar a verdade, por conta do primeiro capítulo, achei que Shiki teria outro estilo. Mais tipo “apresenta o personagem-o personagem morre-apresenta outro personagem-o personagem morre-e assim por diante até descobrirem o assassino e fim de jogo”.

Porém não foi. Apesar da obviedade inicial do “mistério” por trás das mortes, o desenrolar dos fatos foi satisfatório. Os personagens secundários são um pouco mal aproveitados porque, na ânsia de nos tocar com a vida deles (no meu ponto de vista), a autora Fuyumi Ono acabou os criando em demasia, e não conseguiu determinar sua história de forma detalhada, deixando o fim deles corrido e superficial. Apesar de eu fazer o mesmo, muitas vezes, pois como uma escritora, sei o quanto é difícil lidar com os pequenos no fim de uma história.

Ainda assim, é fácil de se identificar com os personagens, a um ponto de, em certo ponto da história, não se saber mais para que lado torcer.

A arte é bonita, do ponto de vista “artístico” mesmo. Não é algo mínimamente palpável, e um pouco amalucado, eu chegaria a dizer, mas visualmente agradável. As paisagens são belas e a coloração estupenda, além de algumas “jogadas de câmera” interessantes. A verdade é que foi o que mais me chamou atenção e o motivo de eu ter assistido Shiki.

As aberturas... Em um primeiro momento, odiei a música da primeira, Kurushizuke, mas quando vi, já a estava cantarolando. A segunda, Calendula Requien, também é boa, apesar da voz da mulher não ser das melhores e a Full Version ser terrível...



Quanto aos encerramentos, não gostei, nem da animação, nem da música, Walk no Yakusoku, da primeira. A segunda tem uma animação condizente com a situação e uma música, Gekka Reijin, do mesmo grupo da primeira abertura, que eu gostei.


Sobre os personagens:

- Natsuno Yuuki: A maior pegadinha desse animê. Quando o vi, pensei logo: Ah, lá vem o protagonista adolescente revoltado, digno do Sasuke ou do Kamui... Merda. Mas não. Primeiramente que ele não é bem o que eu chamaria de protagonista. Depois que apesar de toda a sua marra, ele surpreendeu legal no final, em uma atitude super sagaz e cool. Adorei.



- Megumi Shimizu: Começa como a típica guria-retardada-que-não-se-enxerga. Depois vira uma senhora filha da puta. Decidida a ter tudo o que quer, do jeito que quer, na hora que quer, se aproveita da situaçnao para alcançar aquilo que mais almeja (mas que era, e foi, totalmente improvável que alcançasse): Natsuno.



- Tohru Mutou: A única pessoa que tem saco para aguentar o Natsuno, e responsável por sua (mesmo que pouca) socialização. Extremamente kawaii, enreda involuntariamente por um caminho doloroso, adotando uma postura justificável, mas levemente irritante. Eu me revoltei um pouco pela superficialidade com o qual foi retratado no final, mas depois de ver a Megumi, concluí que foi melhor assim.



- Toshio Oozaki: Médico da vila, o mais próximo de um protagonista, para mim. Serve de joguete por um tempo e sacrifica alguns valores e algo precioso para salvar Sotoba, mas nem mesmo ele sabe dizer se surtiu efeito ou não, no final.



- Seishin Muroi: Amigo de infância de Toshio, monje e escritor. Se vê em um dilema quando descobre que sua intuição estava certa e que a causa da morte dos habitantes de Sotoba era o que ele imaginava. Acaba rompendo com o médico e tomando o próprio rumo. Achei seu final forçado, diante da situação.



- Sunako Kirishiki: Garota responsável pela mudança de sua família para Sotoba. Fã das histórias de Seishin, se interessa pela vila e vai para lá, sempre aproveitando para trocar uma idéia como escritor. Foi a única com cujo final eu fiquei profundamente insatisfeita.



- Seishirou e Chizuru Kirishiki: “Pais” da Sunako, o primeiro lembra levemente um cientista maluco, apesar de simpático. A segunda... Bem, defino em duas palavras: Lady Gaga.



- Tatsumi: Empregado dos Kirishiki na Mansão de Kanemasa, provavelmente era um integrante do Village People (diversos estilos musicais se apresentam nesse animê) enquanto vivo. Por trás de uma simpatia inicial, esconde alguém sádico e extremamente forte, movido por motivos pouco racionais, como se mostra no fim da série.



- Akira e Kaori Tanaka: Amigo do Natsuno e amiga da Megumi, respectivamente. Esses irmãos foram os personagens que mais sofreram reviravoltas na trama, mas graças a destreza e agilidade mental de Natsuno, conseguem escapar de Sotoba.



- Ritsuko Kunihiro: Enfermeira jovem, simpática e bonita, que trabalha da Clínica Oozaki. Se recusa, assim como os outros habitantes, a acreditar no que estea acontecendo, quando descobre, antes de todos (talvez não antes de Seishin e Natsuno...), a verdade. Acaba aceitando, quando é tarde demais. Achei seu destino demasiadamente cruel para alguém tão bondosa.



Minha nota pessoal é 8, e, pelo amor de Deus, me lembrem de NUNCA MAIS pegar para assistir uma animê ainda em andamento. Foi um sufoco a espera semanal, além da incompetência dos nossos fansubs. Assiti os últimos 5 episódios, dos 22 totais, em espanhol. Apesar dos clichês do gênero, que qualquer uma que já tenha visto um filme de terror conhece de cor e salteado, tem um desenvolvimento e um encerramento (por um milagre! Achei que jamais gostaria do final, pelo andar da carruagem...) bons. Não assusta. Não surpreende. Por tanto, a classificação terror e mistério são um pouco falhas. Mas para quem gosta de drama, ação e sangue, está plenamente indicado.

P.s: Lindo esse banner, vou ser eternamente grata ao Sawada (e não vou querer mudá-lo nunca)!



Té semana que vem, com mais um Review.