quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Superflat: Explicações


Oi gente! Estou começando um novo quadro! O Superflat! Ele virá às quartas-feiras, com toda a regularidade que eu conseguir.



Bem, algumas coisas devem ser esclarecidas, não? Primeiramente, por que às quartas. Porque quartas-feiras são o pior dia da semana depois das segundas-feira. São metade da semana (ou seja, ainda falta metade da mesma para o fim de semana), e minha carga horária escolar deste dia é matemática, física, matemática, matemática, física e inglês. Bem, eu sou uma garota de humanas, então quartas são um pesadelo.


Depois... O que seria Superflat? Cliquem em continue e descubra.


Superflat é um movimento pós modernista japonês que critica e desconstrói a "cultura" pop japonesa, ou seja, os animês e mangás, seus clichês, deturpações e fetichismos.



Vários artistas aderiram e aderem ao movimento, de formas diferentes, mas todos tem algo em comum, a crítica acirrada ao mercado consumidor do produto, ou seja, nós, otakus. Ou seja, esse e os próximos posts podem ser um pouquinho polêmicos...


A arte Superflat é referêncial, então estes artigos também exigirão um pouco de conhecimento prévio. Bem, pretendo fazer um trabalho sério por aqui, então quem tiver interesse, tenha também paciência.




O movimento Superflat foi lançado pelo artista plástico Takashi Murakami, que participou do primeiro boom otaku– com o surgimento de animês como o Gundam.


Ele criticou o massificamento cultural ocorrido após o Plano Colombo (para os não-iniciados em história moderna, a ajuda financeira proporcionada pelos EUA para o Japão após a Segunda Guerra Mundial), que tornou o mundo dos quadrinhos japoneses uma arte capitalista, criando revistas como a Shounen-Jump (me desculpem por citar nomes ¬¬'), que criam "roteiros" básicos para toda e qualquer história, que devem ser seguidos. Isso causou o fim de roteiros originais e a ausência de profundidade nas histórias, tanto vista em roteiros de Hollywood.




Um dos grandes recursos do Superflat é o politicamente incorreto, o choque, a sátira pesada.


Bem, acho que dá para perceber que isso é uma grande crítica a influência americana, que destrói até hoje muitas culturas, com sua pressuposta promessa de avanço pela globalização.


Por fim, como exemplo de autores bons no gênero, além do próprio Murakami...


Temos Hitoshi Tomizawa, com Alien 9 e Milk Closed, Koushi Rikudou e Shinichi Watanabe, com Excel Saga e Puni Puni Poemi, Koji Kumeta, com Sayonará Zetsubou Sensei e Maria Holic. Esses dois últimos terão reviews em breve.


Espero que tenham entendido que estes posts terão como objetivo criticar alguns pontos da cultura otaku, mas não julgar quem curte os gêneros, então não se sintam ofendidos. Teremos também posts mais leves e humorados, para descontrair. Acompanhem.





Página para consulta: http://www.superflatart.info/


Meus agradecimentos ao Alexandre Lancaster-sensei, que me abriu os olhos para o mundo do Superflat e da crítica à cegueira otaku.