domingo, 11 de julho de 2010

PhilosoReview [#4] 2/2


Bem, estou de volta pessoal! Continuando meu post de Code Geass.


Cliquem em Continue e acompanhem!
Sobre a história, se passa no futuro, quando a humanidade se encontra dividida entre a União Européia, a Federação Chinesa e o Sacro Império Britânico, que, pasme, seriam os EUA e suas mais recentes conquistas.

Os paises conquistados pela Britania se tornam áreas classificadas por números. Após ser dominado, o Japão se torna a área 11, e os japoneses, elevens. Mas claro que o milenar orgulho japones não se submeteria a isso, e grupos de resistência se formam em várias partes do país.

Em meio a esse cenário político caótico, Marianne Vi Britannia, rainha e mãe dos jovens Lelouch e Nunnally Vi Britannia, é assasinada por terroristas. Charles Di Britannia, seu marido e imperador supremo de Britania, não faz absolutamente nada a respeito e ignora os protestos de seu pequeno filho, uma vez que sua
filha ficou cega e paralítica por conta do atentado. Sete anos depois, Lelouch adotou um novo sobrenome e vive bem na área 11, apesar de sua revolta contra o pai, com sua irmã, estudando e morando na Academia Ashford, pela influência dessa família nobre, que guarda para ele consideração por seu passado imperial.
Um dia, seu caminho cruza com um grupo de resistência e com C.C, uma bruxa imortal que lhe dá o Poder dos Reis, o Geass, em troca de um acordo (a situação pedia que Lelouch aceitasse, pois ele corria risco de vida).
Apartir daí, ele cria um grupo próprio de resistência,os Cavaleiros Negros, do qual se torna um lider distante e mascarado, passando grande parte do tempo imaginando toda a guerra que trava como um simples jogo de xadres.


A arte do animê é da CLAMP. Tem que dizer alguma coisa a mais? Graças a Deus o roteiro não é da CLAMP, mas não se pode negar que esse grupo tem um dos traços mais perfeitos da atualidade. É perfeita, e até pra quem não gosta de mechas, como eu, o desing das armas é bem palpável.


A minha abertura favorita é a segunda da primeira temporada, a mais ágil. Na primeira temporada, o que varia mesmo nas aberturas é a música, porque as imagens são praticamente as mesmas. Eu não gosto de J-Music, mas todas são realmente boas, expressam a sensação do animê. Sem contar que a letra de Kaidoku Funou é perfeita.

O encerramento que eu prefiro é o primeiro, mas novamente o que variam são as música, pois as imagens são paradas (como fotos) e variam pouco. Acabei me apaixonando pelo Ali Projec.


A história. Para mim é difícil falar sobre ela, porque esse é o animê com, sem duvidas, mais reviravoltas que eu já vi na minha vida, e alguns elementos dela me desagradam, como o excesso de lutas de mechas (embora elas sejam muito bem feitas e com certeza agradarão os fãs do gênero) e de fanservice (excesso de garotas bonitas com exposição desnecessária do corpo, sem contar o tanto de garotas literalmente em cima do protagonista). Em outros pontos me agradou e surpreendeu, afinal, não é todo dia que se encontra uma crítica política como essa em um animê aleatório (leia-se sem proposta crítica) ou um tanto de filosofia (a construção do conceito de Geass e o que C.C quer em troca do poder que concedeu a Lelouch são muito bons). É um animê cuja história vale a pena, no final das contas.

 

Quanto aos personagens (que são infinitos, e uma das falhas da segunda temporada é isso, acrescentar muitos personagens superflúos, quando os que já tinhamos eram profundos o suficiente para serem trabalhados):

Lelouch Lamperouge: Principe renegado da Britania, nutre um ódio profundo por seu pai, e isso é uma das principais alavancas para todas as suas ações dentro do animê. Apesar de querer construir um mundo melhor para sua irmã, logo se vê que o que o move em grande parte da história é o ódio.

Suzaku Kururugi: Seria o antagonista? Típico amigo do mocinho que se torna seu inimigo por culpa das tramas do destino. Acredita em uma revolução pacífica, de dentro para fora do sistema... Mas os acontecimentos provam o quão furada era essa teoria e ele também se torna adepto dos fins justificando os meios.

C.C: Ela mesma se define como uma bruxa. Uma bruxa linda, vicíada em pizza e que trás a solidão a todos aqueles que acolhe, teoricamente. Vê seus anos de "experiência" (segundo ela, uma vida sem morte não é vida, e sim experiência) se quebrarem diante de Lelouch e seu destino.

Nunnally Lamperouge: Garota cega e paralítica que deseja um mundo melhor e mais pacífico pra viver com seu irmão. Passa grande parte, se não todo o animê, sendo iludida e enganada por aqueles que mais ama.

Kallen Kozuki: Membro dos Cavaleiros Negros e a melhor piloto do grupo. Confia cegamente em Zero (codinome adotado por Lelouch) e mesmo desiludida, se deixa levar por seus sentimentos, fazendo tudo para ajudá-lo.

Kaname Ougi: Antigo lider da resistência que se tornou o grupo dos Cavaleiros Negros, faz tudo pelo sonho do falecido irmão de Kallen e seu amigo. Na verdade, gostaria de ser professor.

Diethard Reid: Jornalista que acompanha o mais perto possivel os fatos e reviravoltas políticas de sua época. É o exemplo mais perfeito do que eu acredito ser uma pessoa da mídia, e o é até o final.

Lloyd Asplund e Cecile Crumey: Cientistas responsaveis pela criação, manutenção e teste de Lancelot, o mecha de Suzaku. Ele é uma figura que não leva nada a sério e não valoriza a vida humana. Ela é um bom coração, sempre preocupada com Suzaku, serve de contra-peso para o sangue frio de Lloyd.

Cornelia Li Britannia e Schneizel El Britannia: Irmãos mais velhos de Lelouch e seus principais obstáculos militares. Cornelia por sua habilidade tremenda com mechas, e Schneizel por sua inteligencia acima do normal. Mas eles trabalham em separado, pois Cornelia, diferentemente de Schneizel, não está disposta a sacrificar qualquer coisa por seus objetivos.

Jeremiah Gottwald e Villeta Nu: Membros da Facção Puritana (contra a particição de "números" no exército), pedras no sapato de Lelouch. Mas nada que ele não contorne/vire o jogo. O problema é que ás vezes o feitiço se vira contra o feiticeiro.

Charles Di Britannia: Era pra ser o grande vilão da história. Ele me fez pensar: Qual é realmente o problema dos pais no Japão? Me lembra um pouco o Hittler. (o.Õ)


Minha nota Pessoal: 8


Minha nota pessoal é 8. O final da história foi perfeito, apesar da segunda temporada (sua existência, para falar a verdade) ter sido um pouco desnecessária. Os personagens são carismáticos, a história é bem construída (apesar de forçarem um pouco, às vezes), o desing é lindo.