terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Fanfic Coletiva [#3] 2/3
Olá pessoas! Sim, estou vivo. (pior pra vocês)
Sei que estou a décadas sem postar e, pior, tinha uma fanfic em andamento quando sumi. Aí vocês pensam "ele deve ter um bom motivo para isso", bom, se vocês considerarem procrastinação um bom motivo...
Como nenhum de vocês deve lembrar como foi a primeira parte da fic, aqui vi o link dela: http://philosophyotaku.blogspot.com/2010/10/fanfic-coletiva-3-12.html
Agora, se me permitirem, darei continuidade a esta fic que já demorou muito para ter uma conclusão. Os personagens são os mesmos: Yuki, Saga, Watanuki, Alice, Excalibur e Kaworu.
Neste capítulo coloquei algumas referências a coisas que fogem um pouco do conteúdo padrão otaku, então se desconhecerem algo procurem no Google e ganhem um pouco mais de cultura.
Ah, mais uma coisa importante. Não coloquei imagens novamente no post pois creio que, se é uma fanfic, as imagens são desnecessárias. Gostaria de saber a opinião de vocês leitores sobre isso.
Capítulo 2 - Fome
Após muitos anos luz viajados, e por isso a fic demorou tanto para ser postada, a ação recomeça na nave de Yuki e um fortíssimo ronco ecoa pela nave.
-Já chegamos? – resmungou Watanuki. Estou morrendo de fome...
-Percebi, e compartilho do mesmo mal – Alice esfregava a barriga enquanto falava numa voz tão desanimada que todos acharam que aquele tom seria perfeito para uma imitação da Yuki.
-Podemos parar em algum lugar para comer? Prometo que seremos rápidos e isso pouco atrasará sua viagem.
-Não tente usar seu charme comigo Kaworu, ele só funciona em pessoas depressivas como o Shinji. Mas ainda assim, há um lugar onde podemos ir e não perderemos tempo algum.
-E que lugar seria esse? – indagou Excalibur. Tenho uma dieta muito controlada e não posso sair comendo em qualquer boteco no meio do Universo. Prefiro ficar sem comer a freqüentar uma espelunca que não chegue ao meu nível.
-Ficou maluco? Na atual situação de todos, qualquer lugar serve! Será que consigo mandar um “Outra Dimensão” num espaço restrito o suficiente para acertar só nele? – esta última frase saiu apenas como um sussurro da boca de Saga.
-O lugar é o Milliways, popularmente conhecido como o restaurante no fim do universo. Ajustarei a rota e devemos chegar lá em poucos segundos. Se puderem, segurem-se em alguma coisa, as paradas dessa nave nunca são suaves.
Yuki deixou novamente o compartimento de carga enquanto todos os outros procuravam desesperadamente um lugar onde segurar. O compartimento era completamente liso.
Quando a nave parou, todos foram arremessados contra a parede onde ficava a porta que levava à cabine de controle. Menos Excalibur, que se cravou no chão.
-Normalmente uso essa habilidade para escolher quem será meu próximo portador, mas esse novo uso foi muito mais útil. Agora, alguém poderia me tirar daqui?
-Eu posso, assim que o mundo parar de girar – disse Watanuki enquanto cambaleava em direção à espada. Ele a retirou do chão.
-Parabéns meu jovem, agora você é o Rei da Inglaterra!
-Se ser rei de alguma coisa depende de tirar você do chão, então ele só pode ser o Rei dos Idiotas – Alice estava um pouco mal humorada, pois bateu sua cara na armadura do cavaleiro de gêmeos durante a parada da nave.
-Desembarquem - e isso foi tudo que Yuki disse antes de sumir da vista de todos.
Depois que todos já verificaram se algum membro estava quebrado e conseguiam novamente andar em linha reta, eles desembarcaram. O que viram ao descer da nave foi um tanto chocante para quase todos, menos para o cavaleiro de gêmeos, afinal, quem já viu cavaleiros de bronze (e até de aço) derrotarem cavaleiros de ouro e até mesmo deuses, pouquíssimas coisas geram algum tipo de surpresa.
O lugar onde se encontravam era uma espécie de bolha e dentro desta bolha um pedaço de terra flutuava. Em cima deste pedaço de terra estava um grande restaurante cujo letreiro em neon ocupava quase a completude de sua fachada.
-Apresento-lhes o Milliways, conhecido na Terra como Antares. Na verdade, o primeiro nome dado foi Jantares, mas acharam que o descobridor dessa “estrela” estava vendo coisas demais e mudaram para Antares logo quando o internaram – Yuki, um poço de cultura.
-Nossa, sabendo disso e conhecendo o Milo as coisas começam a fazer sentido...
-Sejam bem vindos ao galaticamente famoso restaurante no fim do universo! Vejo que precisarão de uma mesa para seis pessoas, providenciarei agora mesmo – o recepcionista do restaurante olhou para alguém de dentro e levantou seis dos seus dezenove dedos para indicar a quantidade de lugares.
-Olhem só, tem até um palco. Você poderia nos informar que atração teremos hoje? – disse Watanuki virando-se para o recepcionista.
-Infelizmente a banda que tocaria aqui hoje foi acionada com emergência para tocar em um casamento e pela voz do empresário deles eu nem questionei o cancelamento. Ele parecia horrorizado.
-Vocês aceitariam uma atração reserva? Algo como uma espada que canta e dança divinamente? – os olhos de Excalibur reluziam enquanto olhava para o palco.
-Claro senhor, desde que os clientes gostem, não há nenhum motivo para não aceitarmos.
-O motivo está bem na sua frente, pedindo para se apresentar – só eu acho que a Alice odeia essa espada?
-Bom – disse o recepcionista, claramente ignorando o comentário da Alice- suas mesas são logo ali, onde aquele cara verde com bolinhas roxas está em pé. Fiquem a vontade.
Os viajantes espaciais acidentais encaminharam-se para a mesa indicada e cada um tomou o seu lugar. Exceto Excalibur, que foi direto para o palco conversar com os responsáveis pelo som.
-Olhem, aqui também há aquelas placas de “visite a nossa cozinha”. Como será a cozinha de um lugar tão estranho como esse? Eu quero ver, alguém me acompanha? – um silêncio mortal e então Alice recomeça a falar. Então vou sozinha.
A garota foi até a cozinha e, lá entrando, descobriu que o lugar era maior do que o restaurante inteiro. Aí você se pergunta “Como a cozinha pode ser maior que o restaurante se ela está dentro do restaurante?” e eu repondo, não sei. Só sei a resposta para a pergunta sobre a vida, o universo e tudo mais, qualquer outra pergunta deve ser feita a Douglas Adams.
Entretanto, mesmo o tamanho da cozinha tendo assustado um pouco, não foi isso que mais a surpreendeu. Só havia uma única pessoa no interior daquele enorme recinto e esse alguém era um de seus bichinhos de pelúcia.
-O que uma corrente faz num lugar tão distante? Então é por isso que meu anime não tem um final descente? Vou te pegar – essa última frase não saiu por completo, pois Alice virara um coelho gigante.
Enquanto isso, no palco...
-Olá meus bons cavalheiros, eu sou Excalibur, a atração da noite.
-É mesmo, e o que o qualifica para tal?
-Sou mundialmente famoso no planeta Terra e odiado – a última palavra foi apenas um pensamento distante em sua mente. E, se isso não for o bastante, vocês estão sem atração nenhuma para a noite e julgo ser melhor do que nada.
Claro que nada seria melhor do que qualquer apresentação da Excalibur, mas ninguém ali sabia disso, afinal, quem conhece a Terra? Aqui não tem nada de interessante, só... humanos.
Enquanto nosso companheiro pseudo artista discutia os detalhes de sua apresentação com os organizadores, o restante via o enorme menu, dotado dos mais diversos pratos. Quanto mais opções, mais difícil é a escolha e, com exceção de Yuki, todo o restante dos personagens ali presentes tem alguns problemas na hora de tomar qualquer escolha.
-Não consigo escolher tendo tantas opções. Garçom, me diga, qual seria esse prato “do Chef”? – perguntou Kaworu.
-Muda toda noite senhor, e é sempre algo escolhido pelo nosso Chef.
-Então por favor pergunte ao Chef qual será o prato dessa noite que se for algo agradável acho que todos na mesa aceitarão.
O garçom foi em direção à cozinha e bateu na porta. Ao tentar abri-la algo muito pesado a barrava e foi impossível movê-la. Sendo assim, decidiu ver se estava tudo bem com o Chef.
-Está tudo certo aí dentro? Parece que tem algo barrando a porta.
-Sim, está tudo bem. Sabe como é, aqui às vezes os ingredientes são um pouco agressivos, mas nada que eu não consiga resolver.
-Se é assim, então tudo bem. Qual será o prato do dia?
-Seria um ensopado de lagartos de Betelgeuse, mas devido a um pequeno incidente, teremos coelho. Coelho ensopado, coelho frito, coelho assado, coelho para alimentar um batalhão inteiro.
Retornando à mesa o garçom anotou os pedidos de cada um, que pelo menos conseguiram escolher a forma como queriam a carne de coelho. Foram servidos com uma rapidez fora do comum em qualquer restaurante, era como se tivessem adivinhado o que queriam.
Comeram rápido, e estavam tão preocupados com a fome que nem ao menos notaram a ausência da Alice. A única coisa que conseguiram notar é que o show da Excalibur ia começar, ou seja, hora de partir.
-Garçom, traga nossa conta.
-O Chef disse que não deveria cobrar de vocês. Segundo ele vocês trouxeram ingrediente o suficiente para semanas servindo carne de coelho, então não precisam pagar.
-Alguém tem algo contra ele nos darem tudo isso de graça? Porque normalmente eu pago por mim e pela Yuuko, então seria muito bom comer alguma vez sem pagar nada.
-Sorte a minha que foi de graça, pois duvido que algum de vocês tenha o dinheiro que aceitam aqui. Agora vamos, já ficamos aqui tempo o suficiente – Yuki falou e já começou a levantar-se.
Ninguém ao menos questionou se deixariam Excalibur lá. A resposta era óbvia para todos.
-Não querendo ser chato, mas alguém viu a Alice? – Kaworu falou com um tom de preocupação na voz.
-Depois de comer essa maravilhosa carne de coelho e de graça, quem liga? Se ela quisesse estaria conosco – Watanuki, na verdade, nutria a mesma dúvida, mas ficar ali para procurá-la faria com que ele visse o show de Excalibur. Foi só colocar numa balança para perceber que abanadona-la, seja lá onde estivesse, era a melhor opção.
Mal sabia ele que Alice estava acompanhando a todos, e da forma mais próxima possível. Sorte de vocês leitores que nenhum dos personagens da fic assistiu Pandora Hearts, então não sabem nada sobre Alice. Se soubessem acho que a fic ficaria um pouco nojenta a partir daqui.
-Yuki, a viagem demorará muito? Tenho que voltar para a festa de aniversário da Saori.
-Estamos perto, não deve demo... – Yuki não teve tempo de terminar sua frase, pois a pessoa a quem ela se dirigia foi atingida por algum golpe e o cavaleiro de gêmeos voou longe.
-Não pensem que deixarei vocês partirem assim tão facilmente – o cavaleiro de Pégasus estava na frente da nave que outrora fora invisível.
-Seiya por que quer nos atrasar? Quanto mais demorarmos, mais perderemos da festa e sei que você adora festas.
-Sinceramente, não sei. O que sei é que tomei seus remédios, fiquei doidão e agora quero matar todo mundo!
Continua no próximo capítulo...