sábado, 23 de julho de 2011

Blogagem Coletiva: Kimi Ga Nozomu Eien



E aí, pessoal? Hoje estou aqui para um post no mínimo diferente do que vocês estão acostumados. É um Review? É. É a mesma coisa? Não porque esse animê eu fui obrigada a assistir pra poder postar.

Esse Review faz parte de uma Blogagem Coletiva, ou seja, vários sites – nossos parceiros ou não – postarão uma análise deste mesmo animê neste mesmo dia. Alguns bem conhecidos por nós, como o Gyabbo, o Subete Animês, o Mithril, o Mais de Oito Mil…

E o animê escolhido foi Kimi ga Nozomu Eien. Cliquem em Continue para ler o post.


Kimi ga Nozomu Eien conta a história de Takayuki Narumi, um colegial normal, que gosta da nadadora principal do time da escola, sua amiga Hayase Mitsuki. A novela começa porque O problema é que Hayase só se aproximou de Takayuki para ver se ele era mesmo um bom partido para sua melhor amiga, Haruka Suzumiya.

Takayuki começa a sair com Haruka, Hayase percebe que gostava dele, mas não quer trair a amiga, Takayuki começa a corresponder Haruka devidamente (?), então um acidente ocorre e Haruka entra em coma. Isso nos dois primeiros episódios. A história agora nos conduz a três anos depois, Haruka ainda está em coma, Hayase e Takayuki estão junto e seu futuro está longe de ser o que eles esperavam ou mesmo desejavam.

E é isso, o plot. Sim, tem um triângulo amoroso dramático, mas o desenvolvimento não precisava ser um novela mexicana, certo Tetsuya Watanabe? Errado.

Eu achei esse enredo uma porcaria. Não era nem preconceito pelo animê ter sido baseado em um Eroge – por que EF- A Fairy Tale of Two também o foi e é ótimo, mas a execução é cansativa e totalmente previsível.

São 14 capítulos e 4 OVA’s. Quem quiser assistir, recomendo os OVA’s que têm uma animação melhor e resumem bem a história. Isso é um ponto importante, também. Kimi ga Nozomu Eien tem mais episódios do que deveria, então acaba tendo que tampar os buracos desviando da história principal mostrando o dia-a-dia da Hayase e do Takayuki, que deveriam ser, respectivamente: Um espaço para se divagar sobre os relacionamentos e um momento para relaxar da tensão da história (?) com um pouco da comédia mais sem graça do mundo de comédia.

A mistura de Slice of Life com um drama excessivo (além da culpa dos próprios personagens, a situação da Haruka, ainda temos a Akane – sua irmã mais nova que se revolta com Hayase, a quem sempre admirou, e acaba por gostar do Takayuki também, e Shinji Taira, melhor amigo do Takayuki nos tempos de colégio e que agora gosta da Hayase… É drama demais e profundidade de menos) forçou a barra, e somado ao ritmo lento da história e a trilha-sonora-mesmo-solo-de-piano-que-na-primeira-vez-é-bonitinho-depois-você-já-não-aguenta-mais faz Kimi ga Nozomu Eien ser quase inassistível.


Li muitos comentários de pessoas que encontraram profundidade nesse animê. Tenho para mim que são os mesmos desesperados sem vida nem cérebro que acham que o Augusto Cury merecia um Nobel de Literatura.

Para não dizer que nada se aproveita de Kimi ga Nozomu Eien, alguns diálogos do último OVA (eu sei, parece irônia, mas dessa vez não é) são bons. Sabe quando você procura uma coisa e está no fundo da última gaveta do seu armário? Então.

Além do mais, a arte é absurdamente porca. ABSURDAMENTE. O animê é de 2003, não é como se fosse tão velho que eles não tivesse tecnologia o suficiente para fazer algo melhor.

A abertura tem aqueles clichês de aberturas, mas é um bom preparo psicológico, uma vez que é um resuminho da história então você já sabe que aí vem bomba. A música, Precious Memories, tem aquele tipo de instrumental que você tem certeza que já ouviu em algum lugar, mas a cantora não desafina e a letra não é ruim.

O encerramento, Hoshizora no Waltz, tem aquele maldito piano… Eu amo o som de pianos, mas Kimi ga Nozumo Eien me traumatizou. Sem mais. A letra não tem nada a ver com nada e a animação remete ao passado dos personagens, numa só imagem.


Os personagens são tão clichês… Takayuki é O pegador, tipo, todas o elenco feminino se apaixonam por ele, mas ele é só um bundão indeciso. Hayase é aquela que traiu a melhor amiga e sacrificou tudo por Takayuki, porém agora fica se arrependendo e fazendo chantagem emocional com o garoto por conta disso. Eu sempre digo, se é pra se arrepender e/ou ficar jogando na cara depois, NÃO FAÇA!

Haruka começa como a menininha tímida, passa pelo papel de “owwwwwn, tadinha” e se torna uma pessoa madura, tomando uma decisão acertada e lógica no final das contas (na versão do animê, porque no OVA o final é outro O.õ).

Akane é a típica pirralha que enche o saco, depois cresce, pero não amadureçe nem um grama. E ainda fica com putaria de “Eles trairam minha irmã-Mas eu gosto dele-Mas eu não posso traí-la” e acaba fudendo com tudo que eles passaram semanas inventando mentiras tentando amenizar a situação para Haruka não sofrer um grande choque. Adolescentezinha revoltz, em resumo.

Shinji era o único personagem que prestava porque não dava as caras mas depois resolveu proteger a Hayase e só aparecia para bater em algum aleatóreo ou no próprio Takayuki. Serviu de “consolo”para a Hayase também, quando ela tava na pior. Acaba ficando com a Figurante A.


De resto tem mais de oito mil mulheres para conviver/se apaixonar pelo Takayuki, contabilizando duas enfermeiras, uma médica que fuma dentro do hospital/enquanto cuida dos pacientes (Anotação Mental: NUNCA FICAR DOENTE NO JAPÃO), duas garçonetes, a chefe da Hayase (mas acho que essa tava lá só para Reflexões Otakus filosofar sobre a vida de um casal, mesmo)… E um gerente, que no final das contas foi o único personagem de quem eu gostei. Aparece pouco, mas fala coisas certas sem muita enrolação ou sentimentalismo barato.

Conclusão? Não assistam essa porcaria de jeito algum nem que te amarrem na cadeira/o Gyabbo sugira/o Sawada ameaçe te demitir.