domingo, 21 de novembro de 2010

PhilosoReview [#19]



Oi pessoal. Finalmente um final de semana livre! (só porque eu não vou prestar Unicamp *gota*)

Reassisti esse animê esses dias, então resolvi fazer o Review enquanto os nomes/características principais ainda estão frescos. Vão ter alguns spoilers, então cuidado.

O animê mais parece um continuação ou encerramento de uma outra história das mesmas autoras.

Tem bastante sangue, apesar de não ser um animê pesado.

Fala sobre o fim do mundo.

Acho que esse eu não deixei tão fácil, então, Cliquem em Continue.



A história de X-1999 (que possui também um filme e um mangá) tem como foco Kamui, um belo rapaz que carrega em seus ombros o destino do mundo. Recomeçar? Dar uma chance a humanidade? O que você escolheria? E se sua escolha significasse se opôr a uma pessoa importante para você? Um amigo precioso?

Eu ainda acho que X serve como plano de fundo para encerrar Tokyo Babylon. Afinal, o enfoque para Subaru e sua proximidade inesperada com Kamui sugere isso.

A verdade é que nada ali foi muito original, os personagens, mesmo que carismáticos, têm uma personalidade ou aparência clichê. Há cenas praticamente plagiadas de Ghost in the Shell e Akira, e está para nascer quem me convença de que foi uma homenagem. Eu não gosto da CLAMP, e esse animê só reforçou esse meu conceito de que seus roteiros são fracos e apelativos.

O relacionamento entre o Kamui e o Fuuma é muito bonito enquanto amizade, mas elas fazem umas apelações desnecessárias. Eu sou fã de shounen-ai, mas enrolação tem limite! A Yuzuhira tem idade para ser filha do Kusanagi. A Karen aparece semi-nua metade do tempo em que aparece, e é uma católica praticante. No meio do enredo se sugere que Kotori amasse Kamui, e fosse correspondida. Entre outros clichês e apelações mil.

A arte é linda. É o ponto forte da CLAMP que quando eu criticar, me internem, que eu estou louca. A coloração ficou meio obscurecida, mas acredito que o enredo explique a situação. Mas no geral, é tudo muito lindo. Não como no mangá (a coloração perde muito dos detalhes do nanquim), e com um excesso de coisas flutuantes (de pétalas à penas e sangue).

A abertura, eX-Dream, Tem um animação bacana, que dá uma idéia do que a história nos trará. A letra é bonita, apesar de depressiva (coisa que o ritmo não é, com certeza!)...

O encerramento é bem parado, mas tem uma música mediana, Secret Sorrow, e um desenho legal, então dá para considerá-lo bom.




Sobre os personagens, sim, aqueles infindáveis e secundários vamos ao que me interessou/foi importante, porque nem todo mundo tem o dia inteiro para ler descrições gigantes de personagens que eles já viram antes em algum lugar tão comuns:

- Kamui Shirou: Garoto liiiiiiiiindo. E emo. Sério, gente, fora a ausência do “fator vingança”, ele é a encarnação anterior do Sasuke. Horrível. Mas tudo bem, é só babar no designer e não ler as legendas do que ele fala. Sem contar o fator inutilidade, ele consegue ser pior do que uma certa Saori... Decide ser um Dragão do Céu e defender a humanidade. Foi realmente uma pena que ele não tivesse vocação nenhuma para o ser.

- Fuuma Monou: Amigo de infância de Kamui, e também sua Estrela Gêmea, ou seja, seu pior inimigo (qualquer clichê até aqui não é mera coincidência). Era uma coisa fofa (quanto a personalidade, por que a aparência...), até ficar mucho loko acordar como Kamui dos Dragões da Terra e se tornar extremamente cruel, deformando os desejos das pessoas e os usando como motivo para matá-las.


- Kotori Monou: Irmã mais nova de Fuuma, tem grande planos para o futuro, além de uma paixão secreta por Kamui. Típica personagem inocente que se apaixona perdidamente pelo mocinho e acaba se dando mal. É uma Euphemia Li Britannia com menos atitude, ou seja, ela que paga o pato pelas burradas alheias.



- Sorata Arisugawa: Monge metido a piadista/amigo de todo mundo. Além de não ter noção nenhuma para se vestir, escolhe a mulher pela qual vai morrer pela aparência. Desprezível.

- Arashi Kishuu: Garota bonita que se veste com aquelas roupas de meninas de mangás paranormais dos anos 80, além de ter algo que deveria ser uma personalidade forte e uma atitude fria.


- Yuzuhira Nekoi: Menina feliz e saltitante, porém desiludida com a vida, porque ninguém consegue ver seu cachorro (???) e a consideravam uma mentirosa quando ela era criança. Se apaixona por um cara que tem idade para ser pai dela. Não consegue fazer nada de útil. Seu cachorro, Inuki, foi o único personagem que eu não pûs nenhum defeito e adorei plenamente nessa joça.




- Sheishiiro Aoki: Típico pai de família atrapalhado-mas-cuidadoso-e-simpático-com-todo-mundo. Trabalha muito e pede divórcio da esposa quando conhece Karen, muito melhor! descobre que o fim do mundo está chegando, para não envolver a ela e sua filha na batalha.



- Yuto Kigai: Sabe aquele vilão carismático? No caso de X, é esse cara. Até eu gostei dele, apesar de ser clichê. É um dos primeiros a se juntar aos Dragões da Terra, e flerta com todas as componentes desse grupo. Sempre sorridente e educado para com seus inimigos, provoca um pouco às vezes e joga um pouco sujo também, mas não pude deixar de gostar dele.



- Subaru Sumeragi: Protagonista de Tokyo Babylon e candidato a protagonista de X. Neste animê, há um episódio especial para cada personagem secundário expôr sua vida (daí 14 dos 24 capitulos são perdidos em enrolações sentimentaloides), para o Subaru, há no mínimo três, Ele é mais útil do que o Kamui e todos os outros Selos (outro nome para os Dragões do Céu) juntos. É bonito, apesar de ser a versão mais velha do Kamui (tem horas que mal dá pra diferenciar). Passado triste, vingança nas mãos... Mas é o mais próximo de um original que a CLAMP conseguiu.

- Seishirou Sakurazuka: Assissino da irmã de Subaru e seu antigo melhor amigo/peguete, praticamente aparece pra fazer pose e depois morrer.



- Hinoto: Vidente dos Dragões do Céu, não vê, fala, ou se move. Inútil fora do Mundo dos Sonhos e na maior parte do tempo, dentro dele também. Ambiciosa, manipula as informações para continuar sendo útil. Depois de perder muitos por isso, vai pro saco também, fazendo sua irmã malvada e vingativa (tô falando que é só clichê!), Kanoe, ter um ataque de nervos.




Minha nota pessoal é 6, porque esse animê é um graaaaaande clichê, e vazio de propósito. A premissa é boa, mas nunca tinha visto um desenvolvimento tinha sido tão mal conduzido. Traições previsiveis, promessas vãs e videntes indecisos. A verdade é que essa nota valeu mais pelo traço (maravilhoso) e pelo último capítulo, que foi muito satisfatório, porque de resto... Agora se virmos isso como encerramento para Tokyo Babylon, foi muito bem feito (apesar de eu não ter assistido esse primeiro ainda). Quem tiver tempo sobrando ou não se incomodar com falta de originalidade, pode assistir que não será de todo inútil.





Até semana que vem, com outro Review!