Bem, como prometido, o post sobre o MOE. Eu sei que será polêmico, mas peço que, mesmo que me apedrejem, não deixem de ler meus outros artigos e freqüentar o blog porque se fizerem isso o Sawada terá uma síncope. Se ficarem revoltados, comentem!
Enfim, o assunto de hoje é tenso, pois se trata de algo polêmico, o MOE. Aos não iniciados, eu explico. MOE é o termo direcionado a coisas kawais aí se você não sabe o que é kawaii, se mata, mas no cerne da coisa, é um ícone da cultura otaku que toca questões delicadas, como a pedofilia.
Para saber mais, cliquem em Continue.
MOE é a característica de um personagem
O problema está nas conseqüências desse simples traço na sociedade. Entre o MOE e a pedofilia está uma linha fina, que muitos que tem contato com esse tipo de material não são capazes de enxergar.
A questão cultural é intensamente debatida, mas existem princípios éticos envolvidos, e ética é ética em qualquer lugar.
O princípio é o seguinte: Crianças são humanos em formação e biologicamente imaturos para qualquer tipo de relação sexual, sem mencionar o fator psicológico.
O MOE prega uma política de infantilização do sexy, ou transforma a própria infantilidade em um ícone de fetichismo, o que é errado, pois expõe as crianças e corrompe os adultos, assim como Shota-con e Loli-con.
Outro erro relacionado ao assunto é a submissão como característica atraente. Mulheres que não sabem fazer nada sozinhas e agem/se deixam tratar como cãezinhos são fatores repulsivos e distorcidos, que acabam influenciando os espectadores a tratar suas esposas (esposas, mulheres não, porque mulheres elas são e serão com ou sem um marido) e namoradas como animais, ou destruindo relacionamentos, a partir da expectativa de que suas companheiras também sejam “perfeitas”.
Casos de solteiros c onvictos com amores platônicos por personagens e ojeriza a mulheres de verdade (vide cursos de aproximação para homens jovens arranjarem companheiras – tempo demais vendo animê ou fazendo qualquer outra coisa isoladamente tira sua capacidade de sociabilizar). Lamentável.
Outro erro relacionado ao assunto é a submissão como característica atraente. Mulheres que não sabem fazer nada sozinhas e agem/se deixam tratar como
Casos de solteiros c onvictos com amores platônicos por personagens e ojeriza a mulheres de verdade (vide cursos de aproximação para homens jovens arranjarem companheiras – tempo demais vendo animê ou fazendo qualquer outra coisa isoladamente tira sua capacidade de sociabilizar). Lamentável.
Fica a dica: Nada, e nem ninguém, é perfeito, então, quando encontrarem algo bom, não se preocupem com o fato de ainda não ser perfeito como você gostaria. Agarrem a oportunidade, pode não acontecer novamente.
Um ponto importante a obs ervar é a participação das próprias mulheres nesse
ciclo. Os animês e mangás de temática yaoi estimulam esse estereótipo na figura do Uke, o amante passivo no relacionamento amoroso, enquanto o Seme, o ativo, o trata como bem entende, as vezes até de forma violenta. Garotas, isso não tem graça, então não estimulem. Uke totalmente submisso não é kawaii, MOE não é só fofinho.
Até mesmo mangakás desestimulam essa iconização, vejam algumas declarações:
Até mesmo mangakás desestimulam essa iconização, vejam algumas declarações:
Hayao Miyazaki, autor de vencedores de Oscar como A Viajem de Chihiro, é grande opositor da visão da mulher na cultura otaku, seu comentário a respeito da fetichização da "bonequinha engraçadinha" foi:
Mimei Sakamoto, autora de Sekai-ichi Zankoku de Utsukushii Gurimu Douwa diz:
O objetivo deste post não foi apenas protestar, mas também conscientizar os leitores. Quem sabe assim vocês não passam a questionar e ver o mundo com outros olhos? Olhos mais críticos?
" É algo difícil. Elas se tornam imediatamente objetos de fetichismo lolicon. De certa forma, se nós queremos retratar alguém que é uma pessoa afirmativa para nós, não temos escolha a não ser fazê-la adorável. Mas agora, temos muitas pessoas que sem o menor pudor as retratam como se eles apenas as quisessem como animaizinhos de estimação e as coisas estão piorando mais e mais."
Mimei Sakamoto, autora de Sekai-ichi Zankoku de Utsukushii Gurimu Douwa diz:
"Este fetiche que chamam de 'moe' é um fetiche pedófilo e não é nada mais que perversão. Não algo com o que você possa se empolgar," a mangá-ka diz, se dirigindo aos otaku. "Em outros países, as pessoas chamariam o seu objeto de fantasia de 'pornografia infantil' e vocês todos iriam para a cadeia. Eu estou envergonhada que esses 'otakus' que são eternos criminosos tenham entrado no mainstream e começado o boom otaku."
Espero que não estejam muito bravos por eu ter corrompido algo que era apenas bonitinho. Comentários?
Fonte: Maximum Cosmo e Shoujo Café. Meus sinceros agradecimentos ao Lancaster-sensei e a Valéria-san.