Oi, oi! Gostaria de mencionar que o formato do PhilosoReview está mudando um pouquinho, mas é para o bem de todos aleluia você e o Sawada resolveram cortar aquela enrolação de ficha técnica...
E esta semana, como meu próprio presente de aniversário (sim, eu sobrevivi - mas só graças ao Rodrigo), vou falar de Shoujo Kakumei Utena.
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Sobre a história, é aparentemente mais um shoujo escolar, mas acaba se desenvolvendo a um ponto que deixamos de saber o que é sonho e o que é realidade. É um animê filosófico. Conta sobre a vida de Utena Tenjou, uma garota que perdeu seus pais muito nova, e foi salva da morte por um rapaz cujo nome e rosto não se lembra, dentro da Academia Ohtori, para onde foi, buscando este rapaz, que seria seu "Príncipe Encantado".
Utena é uma homenagem ao animê mais clássico ainda, A Rosa de Versalhes, ou Lady Oscar, como também é conhecido. Este por sua vez, é uma homenagem a Princesa e o Cavaleiro, do Tezuka-sensei.
A arte do animê é linda, Chiho Saito é uma referência no mundo das mangakás (que tal um perfil dela, hein, Sam?). Mas a animação é muito antiga, deixa muito a desejar quando se acostuma com os gráficos da animação digital.
Possui 39 capítulos os quais assisti em pedaços, com legenda em espanhol, no YouTube, filme (uma droga, por sinal), mangá e mangá do filme, todos diferentes entre si.
A abertura tem uma música boazinha, Rinbu Revolution, e uma animação que expressa bem o ritmo do animê.
O primeiro encerramento tem uma música de karaokê americanizado tosca, Truth, e uma animação lenta e romântica. Ridículo. O último encerramento, por sua vez, tem uma música mediana e a animação se refere ao relacionamento da Utena e da Anthy como a maioria o vê (além da amizade, apesar de eu discordar). Mas é uma bela animação.
O primeiro encerramento tem uma música de karaokê americanizado tosca, Truth, e uma animação lenta e romântica. Ridículo. O último encerramento, por sua vez, tem uma música mediana e a animação se refere ao relacionamento da Utena e da Anthy como a maioria o vê (além da amizade, apesar de eu discordar). Mas é uma bela animação.
A história é boa, mas é um shoujo. Agora, é um shoujo para quem tem estômago, porque se refere a temas fortes, tanto no sentido psicológico (ciúmes, inveja, complexo de inferioridade etc), quanto no moral de nossa sociedade (incesto, pedofilia,e, infelizmente, a tão pouco aceita homossexualidade). E tem que se prestar atenção as referências, para se entender como algo profundo, se não parecerá uma enorme bobagem.
Quanto aos personagens:
Utena Tenjou: Garota que perdeu os pais, e agora procura seu verdadeiro amor com licença, vou lá vomitar e já volto. Mas ela tem uma postura diferente dentro de sua proposta. Não ficará sentada esperando-o, e sim se tornará digna dele, sendo tão valente e boa para os outros como ele foi para com ela. E assim, ela se torna um príncipe, lutando por seus direitos e pelos dos outros, independente de ser mulher (ou seja de seu dever como boa garota, se comportar e se silenciar). Além das dificuldades que enfrenta ao se tornar duelista dos estranhos jogos de espada da escola, tem que enfrentar a sociedade, que exige dela um comportamento "adequado para o seu sexo".
Anthy Himemya: Garota frágil que vive nas mãos do Conselho estudantil, sendo utilizada como prêmio nos duelos. Ao saber disso, Utena toma seu partido e luta pela sua liberdade. Mas Anthy é muito mais inteligente e poderosa do que aparenta, além de guardar consigo o segredo de Dios.
Dios: O príncipe de Utena, que pediu para ela continuar honrada como era quando se conheceram, que ele viria a buscar. Dá a ela um anel que a mete nessa roubada no esquema de duelos.
Touga Kiryuu: Playboy que quer se tornar o príncipe de Utena.
Manipulador, conhece muito sobre a escola e utiliza as fraquezas dos alunos a seu favor. É o presidente do conselho estudantil.
Nanami Kiryuu: Irmã de Touga, a perfeita patricinha. Possui uma rixa com Anthy, e inferniza a vida da menina, apenas por ciúmes da relação desta com seu irmão, por quem tem uma paixão platônica. A verdade é que está sozinha no mundo, pois Touga não liga para ela e suas amigas estão com ela apenas por interesse em seu irmão. Apesar disso, é a responsável pelos raros momentos de descontração do animê.
Juri Arisugawa: Capitã do clube de esgrima, sofreu uma decepção amorosa, e passou a desacreditar em tudo. Se revolta com o otimismo de Utena e resolve provar para ela que coisas como milagres e príncipes não existem. Acaba se tornando sua amiga (?).
Saionji Kyouichi: Capitão do clube de kendô, popular entre as garotas que não sabem que ele curte espancar mulher. Loser total, dependente do Touga para tudo. Quer encontrar algo eterno, e, supostamente, ama a Anthy. Foi pivô da entrada de Utena no mundo dos duelos, mas só perde.
Miki Kaoru: Garoto bom em matemática e viciado em cronômetros. Músico, apaixonado por Anthy, quer a proteger e sente ciúmes de sua relação com Utena. Mas é fraco, se distrai com facilidade, e infantil (inocente). Um oponente fácil de se derrotar. Acabam todos se tornando grandes amiguinhos, de novo, de novo! amigos.
Teatro Kashira: Narradoras do animê, que dão um tom de tragédia grega a história, apesar de serem bem divertidas. Meninas de um teatro de sombras, que, com metáforas, explicam o decorrer da história. Também conhecidas como Que porra é essa???
Fim do Mundo: Força que comanda os duelos, e que age para que os duelistas alcancem ou não o seu objetivo final. O poder para Revolucionar o Mundo nani?!
Uma curiosidade sobre Utena, é que o animê é citado em muitos animês (referencias, ao teatro Kashira, por exemplo, ao grupinho da Nanami, e, no caso de Vampire Knight, até os nomes dos próprios personagens [ver PhilosoReview #3]) ou em Host Club (vide o sobrenome do Kyouya).
O mangá também é muito bom, apesar de ter grandes diferenças no enredo e na personalidade dos personagens, além de um fim um pouco diferente do do animê.
Minha nota Pessoal: 8,5
Minha nota pessoal é 8,5 porque Shoujo Kakumei Utena começa lento e tosco, e tem um final surpreendente (o nível da história vai avançando conforme os arcos). Te faz pensar, ao mesmo tempo que mostra que na vida não existe sempre um culpado (*ódio do final em que não tem ninguém para botar a culpa do desfecho!*), existem acontecimentos, e acabamos nos deixando levar, dentro dele, pela lei da ação e reação.
O Artigo mais reeditado do Mundo!
Até semana que vem, com mais um Review.