Gente, me desculpem pelos atrasos, eu sinto dizer que talvez eles venham a ser frequentes. É que é época de vestibular, então a escola tá foda, meu pai está fazendo marcação cerrada para eu estudar… Me desculpem.
Voltaremos ao velho esquema do Clique em Continue e descubra o animê da semana. Mas antes, algumas dicas para ver se vocês conseguem adivinhar qual é.
É um clássico sobre um clássico.
Mechas (sim, eu sei, de novo, mas não é de propósito, eu juro!) e plantações.
O sobrenome do protagonista é Shimada.
Descobriram? Não? Cliquem em Continue!
História: Um vilarejo de camponeses é sempre atacado por nobuseris (a tradução do nome seria algo como bandidos), máquinas Mecha com espirito de samurais que preferiram se armar e deixar para trás seus corpos frágeis de humanos. Eles ganharam a última guerra e agora exploram os camponeses, levando todo o arroz que estes conseguem produzir, deixando para eles apenas o suficiente para sua subsistência. Apesar do cenário futurista de máquinas, o Japão voltou ao sistema feudal.
Só que agora não é a nobreza no poder, e sim os comerciantes (leia-se a burguesia, e essa é uma das melhores referências do animê).
Enfim, os camponeses estão cansados desse abuso, e resolvem contratar samurais para protegê-los dos nobuseris. Tirando as máquinas, o enredo básico é o mesmo do clássico “Os Sete Samurais”, do famosíssimo e premiado diretor japonês, Akira Kurosawa Um aviso. O primeiro capítulo é horrível, não se deixem levar por ele.
Nota 10: A história é ótima e bem amarrada, os personagens são carismáticos e não deixam a mesma perder o ritmo. Além de ter chamadas para todos os públicos, incusive um climinha de romance
Arte: É ótima, convence. Os personagens são diferentes entre si, há um jogo de cores para diferenciar a vida nas cidades e no campo (uma metáfora muito sugestiva), não é usada a comum técnica “Focar os protagonistas e borrar os circundantes para não ter que desenhar todos”. Dá mais trabalho para os desenhistas e animadores, mas compensa pela qualidade.
Por falar em animação, as cenas de luta (apesar de ser um pouco forçado um cara com uma espadinha cortar um mecha em três ou quatro partes) são ótimas. Os movimentos são leves e bonitos de se acompanhar com os olhos.
Nota 8: Apesar de tudo, em alguns momentos as cenas ficam muito escuras, e o cuidado com o cenário não é o mesmo que com os personagens. Sem contar a ridicularidade das lutas entre samurais no maior estilo faroeste. Perdeu alguns pontos.
Abertura e Encerramento : A música da abertura, Unlimited, tem a maior cara de música de karaokê. Mas a letra é linda, linda, linda demais! Apesar de... Não ter absolutamente nada a ver com o tema do animê. A primeira animação tem partes do animê, a segunda, imagens dos protagonistas (que expressam bem as características de cada um).
O encerramento tem outra músiquinha de karaokê (quando eu digo isso, é música do tipo baladinha americana... Japonesa), Fuhen, cuja letra não faz sentido algum, além de uma animação lenta e escura. Péssimo.
Nota 7: O que a abertura é boa é diretamente proporcional ao que o encerramento perde pontos.
Personagens:
- Kambei Shimada: Samurai experiente, lutou em muitas batalhas... E perdeu todas. Até aí tudo bem, o problema é que o cara se convenceu que o problema é com ele, e não quer ajudar os camponeses porque acredita que trás consigo a derrota. Quando decide ajudar, é ótimo. É um bom líder, apesar de um pouco frio, e o único protagonista que eu já vi que tem experiência o suficiente pra ficar dando lição de moral nos outros sem se tornar apenas um babaca. Por falar nisso, ele é o protagonista mais velho que eu já vi, ele deve ter o que? Uns 40, 45 anos? Mas é charmoso, pelo menos para a idade dele.
- Shichiroji: 
- Katsushiro Okamoto: Garoto que quer se tornar um samurai, e escolhe Kambei para lhe ensinar mais sobre isso. Mas ele não faz idéia do que é a vida em um campo de batalha, e podemos acompanhar sua tranformação em um samurai do primeiro ao último episódio. Kambei acredita que ele pode se tornar um bom samurai, mas o animê termina antes que possamos ver isso.
- Gorobei Katayama: Samurai que se tornou comediante para sobreviver (já que depois da última guerra um grande desemprego vem afetando os samurais, que perderam e foram substituidos pelos nobuseris). Tranquilo, é quem segura a onda do grupo quando todos começam a se estranhar. É meio masoquista, apesar de ter uma filosofia muito interessante do que é vencer ou perder.
- Heihachi: Samurai que foi escavador na última guerra, portanto, nunca matou ninguém. Vendia seus serviços cortando lenha por pequenos outros favores, e adora arroz, por isso aceita imediatamente ajudar os camponeses. É um ótimo engenheiro de guerra, mas tem sérios problemas quanto a usar sua força para julgar os outros.
- Kyuzo: 
- Kykuchiyo: Samurai máquina, impulsivo e imaturo, que a maior parte do tempo só atrapalha. Mas evolui, e se torna importante para o desenrolar dos fatos.
- Kirara: Sarcedotisa da vila de Kanna, se compromete em encontrar e trazer para a vila sete samurais. Atrai atenção demais, o que as vezes a torna um peso.
- Rikichi: Campônes que se revolta contra os nobuseris e se responsibiliza por proteger Kirara e encontrar os samurais. Apesar de tudo, é um homem simples e assustado com a situação.
- Komachi: Irmã mais nova de Kirara, muito ligada ao Kykuchiyo. Personagem inútil durante o animê inteiro.
- Ukyu: Filho do Senhor da cidade e antigo chefe do Kyuzo, cisma que quer Kirara para seu Harém e passa o resto do animê infernizando os samurais. Parece inútil, mas...Conclusão: Eu indico. O animê é um dos melhores que eu já assisti na minha vida, e a história prende qualquer um, pois inclui em si todos os gêneros, contando ainda com uma arte muito boa. É um clássico para qualquer otaku.
Até Semana Que Vem, com mais um Review!
Até Semana Que Vem, com mais um Review!
